Licença

O Linux é liberado sob licença GPLv2 e na prática isso significa que: caso você receber ou comprar um hardware com Linux embarcado, você tem direito aos fontes, inclusive direito de editá-los e redistribuí-los. No entanto, se o fizer, você deve liberar sob as mesmas condições.

Em relação aos drivers o a discussão é muito mais longa, tem brigas até hoje nas comunidades, pois tem muitas empresas que até hoje não liberaram os fontes, apenas binários. Um caso clássico é a NVidia e a cena do Linus mostrando o dedo do meio durante o congresso. Dizendo que era a pior empresa que a comunidade já havia lidado e que o fato de terem muitos bugs era justamente por não terem liberado todos os fontes dos drivers e etc.

Via de regra, a opinião da comunidade é de que drivers fechados são ruins. Em termos legais, as empresas distribuem “módulos” para o kernel.

Além das discussões, os efeitos práticos da licença do kernel Linux tem influências práticas. Por exemplo, para desenvolver um conjunto de drivers ou módulos, não há a necessidade de começa-los do zero. Como os drivers são disponibilizados sob licença GPL é possível reaproveitar-se de outros drivers e implementar a sua solução.

Após realizada a implementação, é possível integra-lo à árvore do kernel Linux e assim disponibilizado para a comunidade. Isso em termos práticos te garante algumas coisas, como: um conjunto de desenvolvedores realizando a manutenção do seu drivers, novas implementações e aprimoramentos através dos membros da comunidade que podem levar até mesmo a APIs internas do kernel. Suporte da comunidade implica em mais desenvolvedores analisando seu código e um efeito secundário disso é a visão positiva da empresa perante as comunidades, sem falar no currículo do desenvolvedor.

Last updated